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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sindico Profissional

 Assumir o papel de síndico é muito mais que administrar as contas internas do condomínio. Além de tratar, muitas vezes, de conflitos pessoais entre vizinhos, ele assume, também, a responsabilidade legal por aquela administração como em uma empresa só que sem fins lucrativos. Para fugir desta responsabilidade, e conflitos, uma tendência que vem se popularizando é a contratação do síndico profissional. O presidente do sindicato dos síndicos de São Paulo (Sindsíndico), José do Amaral Nogueira Jr. Explica que o síndico não tem, necessariamente, que ser um dos moradores do prédio. Ele pode ser uma pessoa contratada para assumir esta responsabilidade. Mas, ele alerta, é preciso ter cuidados na hora de contratar. “É essencial saber quem é a pessoa que se está contratando, se não for alguém responsável, ele pode gerar grande prejuízo para o condomínio”, alerta. Uma das formas de assegurar o preparo do síndico de aluguel é verificar se ele freqüentou algum curso de formação específica. O coordenador do primeiro curso de gestão de condomínios em Salvador, Edeimival Júnior comenta que a administração de um condomínio, hoje, é semelhante à de uma empresa, já que principalmente os novos empreendimentos oferecem infraestrutura complexa, como em verdadeiros clubes. “Hoje, até mesmo os condomínios para a classe C possuem grandes áreas de lazer, de difícil gestão, nestes casos é melhor entregá-la a um profissional varia de acordo com o porte de casa condomínio e com o tempo de permanência dele no prédio. Isso porque o sindico profissional pode assumir a administração de várias condomínios. “O valor cobrado varia de dois a dez salário mínimos”, comenta o gerente regional da Apsa, administradora de condomínios na Bahia, Luiz Alberto dos Santos. “O sindico vai cobrar mais ou menos a depender do grau dos problemas a serem resolvidos em cada caso”, disse. Apesar de precisar administrar o condomínio, o sindico profissional não assume as funções de uma empresa administradora. “A empresa faz a administração das contas e os balanços, o sindico cuida do planejamento”, explica Amaral, do Sindsíndico. E, por ser mais isento que um síndico morador, ele também costuma resolver conflitos internos com maior rapidez e isenção que um morador. “O sindico profissional consegue aplicar advertências e multas, nos casos de inadimplência, sem envolvimento emocional e sem criar inimigos”, defende Amaral. Nesses casos, a queda da inadimplência é uma das grandes conseqüências positivas listadas por ele. Luiz Alberto, da Apsa, defende, porém, a prioridade para os síndicos moradores. “Acredito que os moradores conseguem cuidar melhor do patrimônio deles. Só indicamos a contratação de um profissional em ultimo caso”. Nos estados do Rio de janeiro e São Paulo, a contratação de síndicos é mais popular que em Salvador. Uma das queixas do setor ainda é a falta de regulamentação da profissão. Os síndicos contratados não tem vinculo empregatício, eles firmam contratos como prestadores de serviços. E buscam a regulamentação de um código de ética e da exigência de uma formação especifica para formalizar a profissão.

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